sábado, 7 de abril de 2012

Alimentação que salva

Vou contar mais uma história do livro Anticâncer aqui. É sobre alimentação! Vejam, não sou eu e sim o livro que está dizendo, ok? Mas com tudo que eu sempre estudei sobre o assunto e tudo que tenho aprendido ultimamente com as minhas pesquisas, prometo que vou começar a colocar umas dicas aqui que todo mundo pode colocar em prática! 

Richard Béliveau, bioquímico e pesquisador da Universidade de Montreal, dirige um dos maiores laboratórios de medicina molecular especializada em biologia do câncer. Um dia, o chefe do serviço de hemato-oncologia pediu que ele encontrasse abordagens complementares de acompanhamento capazes de tornar menos tóxicas e mais eficazes a quimioterapia e radioterapia, incluindo alimentação. 
A idéia lhe pareceu brilhante. Dados epidemiológicos confirmam: a principal diferença entre as populações que têm as mais altas taxas de câncer de mama e as que têm as mais baixas é sua alimentação. Mas como não existe patente sobre os alimentos, então quem estaria disposto a bancar toda aquela pesquisa? 
Numa certa tarde, Richard Béliveau recebeu um telefonema desesperado da esposa de um grande amigo que estava com câncer de pâncreas avançado. Tinham dado a Lenny poucos meses de vida num dos melhores hospitais de oncologia dos EUA, em Nova Iorque. Ele estava disposto a fazer qualquer coisa, qualquer experimento que pudesse lhe dar mais tempo de vida. Depois de estudar o caso do amigo e do fim de semana mergulhado nas pesquisas que fizera, Béliveau passou a "receita" para a esposa de Lenny: diferentes tipos de repolho, brócolis, alho, soja, chá verde, cúrcuma, framboesa, mirtilo e chocolate amargo. Também evitar todas as gorduras, exceto azeite, óleo de linhaça e canola, para evitar os ômega-6 que ativam a inflamação*. Ele nunca poderia se desviar da dieta, teria que segui-la todos os dias, em todas as refeições. 
Ao final de algumas semanas, ele se levantou pela primeira vez depois de 4 meses. A cada dia estava melhor, andava, saía de casa, comia com apetite... 
Lenny sobreviveu 4 anos e meio. Por muito tempo o tumor se estabilizou, chegando a regredir cerca de um quarto. Ele chegou a retomar suas atividades habituais, suas viagens. Seu oncologista em NY dizia que jamais vira uma coisa daquelas. Era como se ele tivesse o câncer sem estar doente, ainda que seu organismo tenha terminado sucumbindo. 
Basicamente, uma célula cancerosa precisa de um terreno propício para se desenvolver. Algumas coisas, como falta de exercício, a qualidade do ar e da água, certos estresses psicológicos e alimentação podem influenciar esse terreno. Quando Béliveau menciona hoje a dieta ocidental à luz dos resultados que obteve, ele fica consternado: "Com tudo que aprendi ao longo desses anos de pesquisa, se me pedissem para conceber um regime alimentar que favorecesse ao máximo o desenvolvimento do câncer, eu não poderia imaginar nada melhor que a nossa dieta atual." (Leia-se: grãos refinados, açúcar aos montes em doces e bebidas como refrigerantes e sucos industrializados, produtos processados e industrializados, carnes em excesso, fast food, escassez de frutas, verduras e legumes...).

* Notem que essa prescrição era especificamente para o câncer de pâncreas de Lenny e que não estou falando para ninguém fazer o que ele fez. Quem quiser mais informações, leia o livro e converse com um nutricionista especializado, além de ficar ligado nos próximos posts.




4 comentários:

  1. Adorei a matéria Helô, muito interessante e profunda. Todas as dicas que vc passa são preciosas. Feliz Páscoa e um maravilhodo renascimento!!!...Com muito carinho, Leticia
    Sparapani

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  2. Oi, Helô
    Muito bom este post, faz a gente pensar mesmo na alimentação.
    Aguardo os outros post do livro.
    O meu filho que está aqui vendo a mensagem está me questionando o porquê de eu te chamar de Helô e não Heloisa, disse que já me sinto à vontade para te chamar assim, he,he,he
    Bjos,
    Cristina Lima

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